13 de agosto de 2013

LIVRO [Resenha]: As Vantagens de Ser Invisível - Stephen Chbosky















Hoje, eu vim resenhar para vocês um livro do qual eu não esperava nada. Quando eu o trouxe para casa, o fiz sem quaisquer expectativas sobre a leitura. Fininho, com um título curioso, comprei um para mim e outro para o Aquerman para que nós lêssemos juntos. E foi assim que eu acabei dando início à leitura de uma história divertida, instigante e de uma sensibilidade, no mínimo, tocante.

Avaliação (dentro do gênero):
Título: As Vantagens de Ser Invisível
Título Original: The Perks of Being a Wallflower
Autor: Stephen Chbosky
Editora (BR): Rocco
Sinopse: Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento.Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo.

O Enredo:

As Vantagens de Ser Invisível é um romance epistolar (em formato de carta) e o autor das mensagens apresenta comportamentos incomuns. Charlie é solitário. O único amigo que possuía acabou cometendo suicídio, deixando-o completamente sozinho já que sua família apresenta dificuldades em lidar com o menino. Ele é um espectador. Ele assiste às coisas acontecendo, sem nunca participar. É o tipo de pessoa que vai a uma festa, senta-se num canto para apenas assistir aos outros dançando e socializando e acaba considera isso como sua própria diversão. Sempre os outros. Nunca ele. Seu dia-a-dia é monótono, mas seus relatos são agitados por focarem sempre no que está acontecendo ao redor dele, e não com ele.
Sua vida começa a mudar quando, primeiramente, Bill entra nela. Bill é seu professor de inglês e acaba tornando-se um conselheiro e amigo para Charlie. Ele o incentiva a ler diversos livros e aprender a viver sua própria vida fora das páginas. E ela então muda de novo quando, posteriormente, Patrick e Sam, digamos assim, acontecem na vida do menino. Os dois trazem intensidade para a vida de Charlie e, aos poucos, ele começa a viver a sua vida ao invés de assistir à dos outros. Vale comentar que o autor soube retratar várias personagens adolescentes sem prender-se a grandes esteriótipos. Todas elas são bem construídas, originais e acrescentam algo à história.

Pelo fato da história ser contada diretamente voltada ao leitor, acabamos por nos envolver intimamente com a trama e, cada vez mais, somos capazes de dizer que há algo de errado com o protagonista. Isto nos instiga a continuar a leitura para que seja possível entender o porquê dos seus problemas sociais.








A narrativa:

O livro é lento, mas não digo isso de forma pejorativa. Digo isso apenas como um alerta para o caso de você ter se interessado pela história. Tenha paciência! A forma como a história é contada e seu ritmo fazem parte de sua magia. Este não é um livro em que você encontrará algo novo e surpreendente a cada página mas, se você permitir, ele te conquistará justamente pela leveza com que as coisas são contadas - e pelo carisma das personagens.





[...]

Como eu disse no começo do post, não peguei esse livro esperando algo já pré-moldado. Comecei a lê-lo com a mente totalmente aberta e acabei por amar a narrativa do autor. A história me tocou tanto ao decorrer da leitura que ao me aproximar das últimas páginas eu ia ficando cada vez mais triste por estar tão perto do fim. Entretanto, para não parecer que não vi defeito algum na obra, devo dizer que o tal fim é um choque, me deu as respostas que desejei durante toda a leitura, porém a informação X que recebemos não me pareceu o suficiente para um impacto tão grande como o que teve em Charlie. Mas não levem isso tão a sério, pois creio que apenas um psicólogo, ou outro especialista no assunto, teria o poder de analisar o caso como verossímil ou não.






















  • Um filme baseado no livro, e dirigido pelo próprio autor, foi lançado ano passado (2012). Ele carrega o título original e tem Logan Lerman (Percy Jackson), Emma Watson (Harry Potter) e Ezra Miller (Precisamos Falar Sobre Kevin), respectivamente, nos papeis de Charlie, Sam e Patrick. Eu não posso fazer uma comparação livro vs. filme por nunca ter assistido ao longa por completo, mas espero fazê-lo em breve para poder compartilhar minha opinião sobre a adaptação com vocês.

Então, se você está na busca por uma história envolvente, gostosa de ser lida e, novamente, de uma sensibilidade notável, você já sabe qual será sua próxima leitura! Conheça Charlie e sinta-se infinito! 



8 comentários:

  1. Esse livro é demais, principalmente quando você lê junto com outra pessoa na mesma velocidade (não é, amor? hehe).


    Aquerman

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    1. HAHAHA lindo. É sim! Foi muito legal ler com você!

      Gabriela

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  2. Muito boa a resenha! Este livro está dentro da lista dos quais eu gostaria de comprar. Achei interessante ao saber que o livro é de forma espitolar, por mais que eu não goste de livros narrados em primeira pessoa. Mas de qualquer forma vou ler, a resenha me mostrou que o livro têm muito a mostrar, não é? :)

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    1. Obrigada, Aldrey! Eu curto primeira pessoa, mas não curto cartas. Mas o livro é muito bom e realmente tem muito a mostrar, então foi fácil acostumar com o tipo de narrativa! Obrigada por ler e comentar <3

      Gabriela

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  3. Adorei a resenha. Esse livro tá na minha lista a muito tempo, só falta o dinheiro pra eu comprar hahaha! Você me deixou ainda mais ansiosa para a leitura :)

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    1. Ah, mas agora tem a promo! Talvez você não precise comprar, gorda!

      Gabriela

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  4. Boa resenha. Logo que vi essa capa e título me interessei, mas, como toda literatura voltada para adolescente, há sempre a suspeita de ser um lixo. Há uma nova literatura voltada, ambientada e protagonizada por essa faixa etária com uma abordagem realmente profunda e original, mas tem muita obra clichê. É importante a leitura crítica e a opinião bem formulada para ajudara a distinguir em que vale a pena gastar nosso tempo. Valeu, Lupus!

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    1. HAHAH POIS É! Aquerman me contou que você não curtiu Teorema Katherine e REALMENTE O BGL É SOFRIDO. Mas não desista da literatura jovem-adulta porque passando por uma peneira a gente acha muita coisa de qualidade - e não desista do John Green! A Culpa é das Estrelas é bem melhor, apesar da clichezada básica. Valeu pelo comentário, Adri!

      Gabriela

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