LIVRO [Resenha]: A Culpa é das Estrelas por John Green

ATENÇÃO: esta resenha foi originalmente publicada dia 08 de setembro de 2012, porém completamente reescrita dia 04 de setembro de 2013 por insatisfação da autora. Obrigada pela compreensão.

Este foi o primeiro livro que li do autor John Green. Comecei sua leitura por acaso. Já tinha visto várias pessoas comentado sobre sua publicação em blogs e redes sociais, mas não estava dando muita bola para ele e nem a sinopse li. Então, um dia, eu estava na escola, morrendo de tédio durante os intervalos porque não havia levado nenhum livro ou afim, e vi que uma amiga minha estava lendo A Culpa é das Estrelas - e, ok, não se julga livro pela capa, mas essa capa é daquelas que, ao vivo e a cores, dá vontade de ficar olhando o dia inteiro. Ela estava bem no comecinho, então não soube me dizer se a história era legal ou não, mas eu fiquei morrendo de vontade de arrancar o livro das mãos dela e começar a lê-lo naquele exato momento. E foi o que eu fiz (desculpa, Let!).

Avaliação (dentro do gênero):

Título: A Culpa é das Estrelas

Título Original: The Fault in our Stars

Autor: John Green

Editora (BR): Intrínseca 

Ano: 2012

ISBN: 978-85-8057-226-1

Avaliação (dentro do gênero): 5/5

Sinopse: Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

O Enredo:

"A culpa, meu caro Brutus, não é das estrelas, mas de nós mesmos que consentimos em ser inferiores" disse Shakespeare que pode até estar certo sobre alguns casos, mas não sobre este. Na vida de Hazel e Augustus, a culpa é sim das estrelas.

Nossa protagonista, Hazel Grace, é uma adolescente irônica, inteligente e de humor ácido que tem de lidar todos os dias com as complicações de um grave tipo de câncer que compromete seus pulmões e sua vida. Ela insiste em passar todos os dias dentro de casa, assistindo TV e lendo, o que preocupa sua mãe que, para tentar fazer a filha sair de casa e viver uma vida normal, convence Hazel a participar de um grupo de apoio para jovens com câncer. E então ela conhece Augustus. 
Augustus Waters é um menino que, ao contrário de nossa protagonista e narradora, é bem humorado, faz amizades facilmente e está sempre positivo em relação a tudo, mesmo com os altos e baixos da doença que já o levaram até mesmo a perder uma perna. Hoje em dia, seu câncer já é algo estável e sua vida está fora de perigo, porém ele ainda frequenta o grupo de apoio. Os dois lá se conhecem e vão, pouco a pouco, tornando-se amigos. Hazel acaba tendo cada vez mais dificuldade em evitar se apaixonar pelo menino e, então. a história de amor deles começa a ser construída nas curvas de uma doença grave como é o câncer de forma a emocionar a todos do início ao fim. 

3 pontos fortes da história:

• OS PROTAGONISTAS: Augustus e Hazel são duas personagens extremamente cativantes. Seus diálogos são sempre ácidos, bem humorados, fluídos e muito inteligentes, de forma a não parecerem forçados em momento algum e divertirem ao leitor durante toda a leitura. Os dois lidam de forma madura com a doença, o que não os torna personagens chatas e também não torna o livro muito triste e/ou pesado.
• A TEMÁTICA FORTE: Sim, a temática é forte e incomoda todo mundo, principalmente quando envolve pessoas tão jovens. Mas, como eu disse no item anterior, a leitura é leve, mesmo em seus momentos mais tristes, e é uma ótima oportunidade para conhecer um pouco mais sobre o dia-a-dia de quem luta contra o câncer e entender melhor o quão difícil pode ser essa jornada.
• UM LIVRO QUE TE FAZ PENSAR: A Culpa é das Estrelas faz com que nós questionemos nossas vidas em vários aspectos e nos ensina um pouco mais sobre amor, amizade, ir em busca de nossos sonhos, lidar com perdas, nunca desistir de nós mesmos e sobre vivermos o melhor de nossas vidas hoje.

[...]

John Green veio - acompanhado de alguns outros poucos autores do gênero - dar um basta na avalanche de livros young-adult protagonizados por personagens fúteis, rasas e mal construídas; de enredo mal desenvolvido e de escrita pobre. Green sabe como trazer a tona assuntos polêmicos (e até clichês) de forma a agradar e ser fiel aos adolescentes.

Esse é aquele tipo de livro que apesar de direcionado a uma certa faixa etária deve ser lido por todos. Em qualquer momento de sua vida, Hazel e Augustus podem te proporcionar essa incrível sensação de estar fechando um livro com uma mente diferente da que tinha quando o abriu. Um must-read inegável. Uma obra sensível, original, atual e linda. Lágrimas são inevitáveis - e vários sorrisos também.